terça-feira, 18 de junho de 2013

Parece amor, mas não é.

Eu me odeio no momento porque peguei as manias dele. Ele estrala os dedos de um jeito estranho perto de mim, e eu me pego fazendo igual. Eu já expliquei que estralar os dedos degenera a articulação. Mas ele não me escuta. E eu sei que degenera. Mas estralo também. Porque é uma mania dele.
Eu abomino o tipo de música que ele escuta, mas me proponho a ouvir e dar uma opinião imparcial, pra ser justa com o seu gosto musical de garoto. Ele escuta minhas músicas de queria-ter-nascido-nos-anos-oitenta sem reclamar. Merece que eu finja que gostei de alguma coisa. E ele sabe muito bem que eu estou fingindo.
Quando ele me diz que está de bermuda em um frio colossal de 5 graus celsius e eu ainda estou na cama lendo embaixo das cobertas, eu tiro o pé pra fora só pra poder sentir o frio também. Eu tento ser forte como ele. Suportar um pé pra fora de duas cobertas, mas sou vencida sempre.
E ele tem uma mania engraçada de pegar minha mão direita e morder meu indicador. Quando eu estou no meio de uma conversa com ele, ele pega meu indicador e mordisca. E eu me desconcentro, porque é desconcertante ver aquele menino lindo na minha frente mordendo o meu dedo indicador. E quando estou fazendo alguma coisa ociosa longe dele acabo mordendo o indicador também. Lembro dele e rio.
Passei a gostar mais de beijos no pescoço, porque é o ponto fraco dele. Se ele quiser, pode ser o meu também, embora não seja necessário, porque todo ponto meu é fraco ao lado dele.

Um comentário:

pessoas juntaram caquinhos...