domingo, 6 de dezembro de 2015

Essa semana eu e uma antiga amiga resolvemos sair. Foi algo muito especial, já que não nos falávamos há 5 anos e quando nos encontramos, nada havia mudado.
Nós duas somos azaradas, fomos num lugar que costumava ser muito legal 5 anos atrás, mas ao chegar lá só tinha gente esquisita. A única pessoa que conhecíamos era um ex crush dos meus 15 anos. E aí está meu dom secreto, eu posso estar em Londres, que provavelmente trombarei com algum ex meu. Não, eu não sai com tantos caras assim, é só o azar mesmo.
Eu ia embora cedo, mas começou a chover. A banda que tocava no barzinho era legal, então fiquei até as 2h da manhã, quando a banda e a chuva acabaram.
Ao olhar pra trás, estava o cara que eu me relacionei há 2 anos atrás, aquele que era mais novo e me largou pela ex. Ele ficou me encarando, mas eu preferi permanecer de costas. Na hora de ir embora, o corredor que ele estava era o único que dava pra passar. Obviamente eu não teria problemas nenhum em cumprimenta-lo. Joguei o cabelo pro lado, e fui muito segura de mim. "Olá, quanto tempo *abraço e beijinho* tudo certo? Então tá ótimo". Simpática.
Ele me seguiu  com os olhos até a esquina, onde eu parei pra pegar a chave do carro. Dei carona para minha amiga e ao chegar em casa, tinham mensagens dele no meu inbox querendo trocar uma ideia, já que fazia muito tempo que não nos víamos.
Eu já estava em casa, não ia sair de novo, e trabalharia no dia seguinte. Ficou para a próxima.

Esperando a cena dos próximos capítulos.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Essa semana foi aniversário do moço do último post. Confesso que depois daquela conversa estranha quase todo encanto se foi, mas mesmo assim dei os parabéns via facebook. O meu  recado ele fez questão de responder, assim como estava fazendo com os amigos mais próximos. Perguntei se teve bolo, ele disse que não, mas que eu faria um pra ele, e a conversa morreu aí.

Hoje ele me chama no chat. 

- Lee, tá ai?
- Oi, estou sim, D. 

Nesse momento ele me enviou um perfil de facebook de uma garota e perguntou se eu a conhecia. 
JURA??? O perfil de um garota??????

- Você a conhece?
- De vista.  
- Conheci ela ontem na faculdade... Não sei se é gente boa, então vim te perguntar.
- Vai confiar no meu julgamento então?
- Claro, Lee. Vai que a pessoa é tranqueira, em você eu confio. 

Abrindo mais um parênteses, nós NUNCA fomos amigos, conversamos 4 vezes nestes últimos tempos e em mim ele confia?

- "Conheci"ela  há muitos anos atrás, D. Nem posso emitir alguma opinião, faz realmente muito tempo. Você que é o advogado aqui, analise os fatos por conta.
- Fatos? Não tem nenhum fato. 
- Se você conheceu ela, você sabe se é legal ou não, oras. 
- Faz sentido, Lee...

Essa conversa foi tão louca que nesse momento eu disse que tinha uma paciente para atender, mas na verdade faltava ainda meia hora para ela chegar. Avisei ele e ainda conversamos um pouco sobre tratamentos para diabéticos. Me desculpei que estava atrasada e forcei um tchau.

Ele me disse "Tchau Chuchu!"

MAS GENTE....

* Sim, eu conhecia a garota, ela sempre foi BEM esquisita e eu nunca gostei dela. =) 

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Reencontrei um conhecido de anos atrás pleo Facebook. O conheci há uns 8 anos atrás por amigos em comum e sempre achei ele uma graça, mas nunca trocamos muitas ideias. Na época, eu era Rebel Rebel, então ele nunca me chamou demais atenção. Era apenas uma graça e ponto.

Agora, anos depois, reencontrei ele. Parece estar do mesmo jeitinho, só que bem mais bonito. Ele sempre foi aquele cara tranquilo, família, esportista, não gostava de balada, não gostava de beber. No passado isso não me interessava nem um pouco, mas hoje interessou. A beleza, as qualidades, como ele não perdeu a essência dele ao longo dos anos.

Vi umas fotos dele, e thanks god que o tempo passa (pra todos). Resolvi puxar assunto. Conversamos sobre o passado, sobre como a maioria dos nossos amigos casaram, sobre o que estamos fazendo da vida, foi uma conversa muito agradável que tivemos mais de uma vez. Ele havia me chamado pra ir à cidade dele, tomarmos um vinho, mas sinceramente abstraí. Respondi educadamente para combinarmos outro dia, nada urgente.

Ontem resolvi chama-lo para um pub que tem na  minha cidade, onde uma banda muito legal vai tocar. Ele não teria como vir pra cá, não teria onde ficar aqui e negou o convite, mas me chamou pra ir à cidade dele de novo. Depois de eu dizer que este fim de semana não dava, ele insistiu pra eu ir algum dia a tarde no meio da semana. Insistiu mesmo, perguntou o que eu faria em quase todos meus dias da semana - que eu trabalho - e quando viu que não teria como, disse que ia desistir de me levar pra lá.

Really? Não sei o que acho mais esquisito. A gente conversar o que, uma semana? e ele me chamar insistentemente pra ir lá vê-lo ou se é querer marcar um encontrinho 15h da tarde, como se fossemos dois adolescentes de 16 anos.

Eu queria vê-lo no pub, com gente ao redor, sentados numa mesa, tomando uma cerveja e ponto. Não quero ir à cidade dele e ter um dia desconfortável olhando pra cara dele sem ter assunto, afinal nunca fomos amigos, apenas conhecidos. Também não quero ouviu um "desisto de você" porque sou ocupada e não tenho obrigação de ir vê-lo.

Até rolou uma vontade de conhecer ele essa semana, mas depois desse papo minha vontade era falar: moço, você tá sendo estranho.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Sobre o relacionamento mais complicado de todos.

Eu ainda fico pensando no tipo de relacionamento que nós tivemos. Foram 6 anos juntos, sem estar juntos, sem apresentar para família e amigos. Vivendo apenas dentro da sua bolha de egoísmo. A gente não se apresentava como namorado porque era demais. Não se apresentava como amigos porque era de menos. Então ficávamos no meio da situação, constrangidos por não conseguir rotular o que vivíamos.

Eu nunca fui boa o suficiente para você me apresentar aos seus amigos ou para sair com os meus. Para ir junto na balada. Ou para responder meus e-mails, porque não tinha tempo. Mas achava para responder os da sua ex.  Essas coisas eu só enxergo agora, depois que a sombra do seu ego saiu de cima de mim.

Precisou eu cansar de você e encontrar outra pessoa para você sumir e 6 meses depois ressurgir só dizer que me amava. Não claramente, porque você nunca abria seus sentimentos. Eu ainda tive que ligar os pontos.

Nós vivemos momentos maravilhosos. Mas eu penso que eu nunca soube nada da sua vida e talvez você nada da minha. Eu sempre senti que nunca te amava. Nunca chorei por você ou fiz a louca. Mas vontade de ficar junto sempre foi maior do que com qualquer outra pessoa que eu amasse, mesmo sabendo que nós dois nunca daríamos certo juntos.

Nunca daríamos certo porque eu queria filhos e cachorro e você não. Porque você não gostava dos meus amigos. Porque você dizia de maneira egoísta que se casássemos você só gastaria seu dinheiro comigo para me presentear nas datas comemorativas. E porque nunca estava disponível para aturar meus momentos difíceis, como se você nunca tivesse um. Eu teria mais uns 10 itens para colocar nessa lista, mas isso queimaria demais seu filme.

A última vez que nos encontramos, alguns anos depois, você disse que eu ainda era a melhor, a mulher da sua vida e que mesmo que eu tivesse outra pessoa, nos encontraríamos num futuro distante e faríamos dar certo. Que eu podia me casar, ter minha vida feliz e se rolasse um divórcio o destino faria a gente se trombar em uma rua qualquer.

Só queria dizer que você não pode pausar o que tivemos para me ter daqui 10 anos.  Daqui 10 anos eu já vou ter exorcizado você  por completo. "A próxima aliança no seu dedo vai ter meu nome", você me disse. Eu teria aceitado uma aliança nesses 6 anos. Teria aceitado uma aliança no dia que nos encontramos. Talvez até hoje eu aceite essa aliança.

Mas você precisa aceitar que um relacionamento é altruísmo, parceria e cumplicidade. É ser disponível sentimentalmente. Para me escutar chorando, mas principalmente para chorar no meu ombro. Porque faltou isso em todo esse tempo, você rir, mas também chorar comigo. Me dizer suas verdades mais íntimas para quem sabe eu entender o porque de tanto narcisismo. Senão, de nada vale um objeto no dedo.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Eu estou em acompanhamento médico há um ano. Mas não basta ter um bom atendimento, o médico tem que ser lindo, cheiroso, simpático, atencioso e com um senso de humor perfeito. E claro que não pode ser um atendimento normal, tem que rolar uma transferência e eu achar que a gente tem uma química inexplicável, por conta das conversas de consultório.

Agora eu faço estágio no local de trabalho dele.  De paciente para colega de profissão. Eu torci todos os dias pra ver ele de longe, mas hoje, principalmente, acordei desejando isso mais do que nunca. Ironia ou não, ele aparece no meu setor, com todas as qualidades que eu citei, além do sorriso lindo. E eu me senti como uma pré adolescente, enrubescida, sem reação.

A gente se cumprimentou, como toda equipe faz nos corredores. Então ele para, vira pra trás e me sauda por estar lá, achou "super legal" e foi me apresentar pros amigos médicos que estavam ali, falando que eu sou paciente dele. Me perguntou como eu estou - apaixonada! - e eu respondi que bem, aguardando meus novos exames.

A única sensação que eu fiquei foi "sua babaaaaaaca, você travou na hora de falar com ele, desengonçada, toda descabelada! Deveria ter falado sua escala!". Depois a gente se trombou nos corredores de novo, ele me olha, sorri, eu derreto, erro o quarto do paciente. E dai fica tudo bem. A melhor manhã de todas.

Tem como repetir uma manhã dessas?! Leve, com um PO de amputação, nenhum caso de cardiorrespiratória e o boy mágia do hospital me reconhecendo. Tem?

sábado, 21 de junho de 2014

Ria da minha cara, pois minha amiga sempre escuta uma música x que eu nunca reparei. Hoje no mercado essa música começa a tocar e no refrão diz "se eu pudesse te apagar da minha mente, apagaria agora...". Falava isso em uma melodia tão bonita, ou era eu sendo dramática de novo.  Por um segundo eu pensei que ok, isso era uma verdade.  Mas no segundo seguinte eu vi que não. Você é tão legal, foi tudo tão demais, que nem que eu tenha que sofrer até dezembro. Eu não vou esquecer você. Posso ser chata, sumir alguns dias, chorar outros. Mas não vou te esquecer.

sábado, 31 de maio de 2014

Um dia a gente se junta e se completa, ele disse. Foi sobre as nossas composições pela metade, mas ele sempre quer dizer alguma coisa por trás do óbvio. Será que a gente poderia se completar mesmo? Talvez esse seja o propósito de termos nos conhecido, acrescentar o que faltava.

Aquela sensação de que sempre falta alguma coisa, sendo que tudo está aparentemente perfeito, ele preenche. Não falta nada quando se trata dele. Só nós dois basta. Então ele me completa e eu tenho um medo absurdo disso. Por que e se eu não completar ele?

Mas ele disse que um dia a gente se junta e se completa. Um dia. Nem que for pra terminar nossas composições mesmo. Sou paciente.