Porra, eu te contei
hoje sobre um dos meus problemas. Um problemão, aliás. Te contei de manhã e
você ficou na sua. Desabafei com você a noite e você me conforta falando que
está aqui pra mim. Mas não está. Porque eu estou desesperadamente assustada e
você vai embora sem ao menos dizer boa noite.
Sem ao menos oferecer seu ombro pra eu chorar no dia seguinte. Você me faz envolver até a cabeça por você, e
quando eu faço isso você corre pra trás.
É como seu eu me
afundasse dois passos dentro de você e você recuasse três. Sempre mantendo
aquela distância de segurança entre nós. Delimitando onde eu posso chegar. É
como seu eu tivesse que medir meus atos pra não te invadir, porque quando eu
acho que estamos confortavelmente íntimos eu tenho que me afastar.
Quando será que
vamos crescer e decidir o que queremos? Eu e você. Principalmente eu, mas você.
Eu mais você. Porque é isso eu quero. Somar. Retribuir o tanto que você me
acrescenta quando eu estou com você. Parar de ser pré adolescente e postar em
redes sociais "Como eu queria que você estivesse aqui" esperando que
você adivinhe que seja pra você. Quero te falar isso, olhando nós seus olhos,
com os pés enroscados nos seus, deitada no seu ombro. Daquele jeito só nosso.
Ou só meu, que busco seus pés de encontro pra me confortar a falta que você vai
fazer no resto da semana.
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