segunda-feira, 24 de junho de 2013

Planos.


Tantos planos que você cortou pela metade. Eu ainda queria tocar aquela música no seu violão, que você tinha me pedido. Eu ainda queria enroscar meus pés no seu como nós fizemos aquela tarde.  Queria cuidar de você, mesmo você duvidando que eu sou capaz disso e queria te mostrar aquelas coisas da faculdade que tem a ver com sua luta. Eu fiquei te devendo isso. Eu quis afagar seu cabelo quando você se sentiu triste e eu planejei um milhão de coisas pra te fazer sentir melhor. Você ficou me devendo umas aulas de inglês e eu, em débito de te mostrar meu quarto bagunçado.
Eu queria dançar com você, que você me pegasse no colo ou que num gesto simples, arrumasse meu cabelo. A gente até podia ouvir suas músicas chatas se você quisesse. Eu estava disposta a ouvi-las. Também queria que a gente pudesse ouvir mais músicas no meu carro, ainda tinham várias que não escutamos juntos.  Só queria mais mordidas. Aquelas nossas mordidas, onde eu puxava seu brinco, mordíamos o braço um do outro ou você mordiscava meu dedo. Mas o que eu queria de verdade era ter seu coração. Poder entrar nele e descobrir o que se passa nessa cabeça confusa sua. Queria poder ter feito você gostar de mim. Eu posso ter perdido a cabeça mil vezes, ter sido uma chata e perturbada, mas eu me esforcei pra isso. Eu te entreguei meu coração sem sombra de dúvidas, mas o maior débito que você me deixou foi não ter me dado o seu.

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